Afinal, pode alguém mandar no coração?

Já fui jovem e também me apaixonei perdidamente. Fui adepto daqueles que diziam que "ninguém manda no coração" quanto a quem amar. Mas será isso verdade? Muitos jovens eu vejo, ainda hoje, que vivem como que prisioneiros de um relacionamento que lhes faz tão mal, porque estão presos a este sofisma. Mas... permita-me chacoalhar você com algumas afirmativas: Somente os estultos e omissos, covardes e ignorantes é que afirmam que não “conseguem” mudar, ser diferentes; que “ninguém manda no coração”, e tolices semelhantes a esta. Eu posso escolher a quem amar, sim, porque amar é uma escolha. Eu posso até ser influenciado pela paixão e sentir também amor pela pessoa, mas quando é paixão, vira fixação, deixou de ser racional e passou a ser estupidez; isso é perigoso. Deus diz “amarás ao próximo COMO A TI MESMO” (Gl 5.14). Como, amar alguém e deseja-lo para ser meu cônjuge, se me faz mal, se não é para mim, pode harmonizar-se com esta Palavra de Deus, pois não estou demonstrando amor por mim mesmo? Quando Deus amou o mundo, quando ainda os homens eram pecadores e Seus inimigos (Rm 5.8), Ele não amou mais a humanidade perdida e imunda, do que a Si próprio!

Amor sem razão = paixão (leva ao platonismo, a sufocar o outro, à irresponsabilidade para consigo mesmo, é inconsistente)

Paixão sem razão = estupidez (leva à irresponsabilidade, a comprometimento de recursos e ao prejuízo, é burrice)

Amor sem paixão = amizade (não sustenta um casamento)

Paixão sem amor = carnalidade (é egoísta, meramente sexual)